Mais que um curso, uma proposta de mudança de vida.

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No cenário da sociedade atual é muito comum vermos as pessoas apressadas, confusas, agitadas e infelizes. A filosofia zen budista nos conscientiza da relação existente entre esta corrida cega e a infelicidade humana.
Ao compreender o ensinamento (dharma) e ao praticar a meditação zen (zazen), o sujeito dá início a uma transformação gradativa na sua maneira de agir e é convocado a dedicar tempo às suas ações.
Através destas pequenas paradas, começa a reconhecer a si mesmo e aquilo que está à sua volta, verificando e legitimando o que é apropriado para a sua vida. Desta forma, entende quando e como deve agir, investindo naquilo que, de fato, interessa: o verdadeiro bem-estar.

Aula Inaugural

Gostaria de ressaltar que afora o apelo de marketing que fizeram vocês chegar até aqui - panfletos, email marketing, indicação de alguém que já fez o Curso  etc - é interessante pensarmos algumas questões que parecem concorrer para que as pessoas digam algo que ouvi de quase todos, de diferentes formas, ao telefone: “Vi um panfleto sobre o Curso... gostaria de fazer... não tenho experiência... mas acho que é o que preciso agora... não é à toa que vi esta proposta... procurava por algo assim...”
Enfim, o que me chama a atenção é que, embora não se saiba exatamente o que é, todos que se inscreveram, acreditaram que valeria a pena o risco.
E, neste caso, devemos considerar que não é um Curso qualquer; é diferente de se inscrever num curso de inglês ou informática. Trata-se de um Curso onde o sujeito estará exposto, submetendo-se a uma prática existencial. Ele necessariamente terá que interagir e “falar ou mostrar de si mesmo” ou, no mínimo, presenciar, testemunhar a exposição de outros, fato que, por si, já pode ser causador de muitos incômodos e desconfortos.
Digo isso para validar tal atitude. E isso não é só um elogio, serve, principalmente, para dizer-lhes que esta atitude é um disparador de uma mobilização que implica sim um risco, mas que, sem isso, não há processo de autoconhecimento.
Podemos pensar assim, me lanço em um terreno onde não conheço, mas que acena com uma perspectiva que me interessa muito: equilíbrio. E vou. Muitos vislumbram uma possibilidade de ter bem estar, mas não chegam nem perto de fazer algum movimento que possa levá-los a isto. Medo? Apego? Veremos mais adiante o quanto o sujeito se agarra a alguns estados, ainda que saiba, em algum lugar de si mesmo, que não está bem.
De qualquer forma, não é tão simples. Mesmo tendo esta atitude - a de correr o risco de ingressar numa proposta como esta - ainda não é suficiente. Precisamos ir além. Por que digo isto?
É comum vermos, na atualidade, promessas de bem estar. Precisamos estar atentos às armadilhas que são produzidas na contemporaneidade, no campo do autoconhecimento.
De um lado, a oferta maciça de serviços que prometem bem estar; de outro, um público voraz por felicidade ou pela sensação mínima de apaziguamento de sua infelicidade.   
E é exatamente aí que precisamos atentar. A banalização do bem estar faz com que as pessoas se interessem por toda e qualquer novidade que apareça no mercado.
Penso que há aí uma ambigüidade posta: por um lado, é uma proposta que me interessa como produtora destes resultados que promete e, aí, vale o risco; por outro, já me arrisco tanto, consumindo tantas outras promessas de bem–estar, apaziguamento, por que não também esta?
O problema criado a partir deste equívoco é o de que o sujeito consuma muitas terapias alternativas, cursos, para não chegar justamente onde precisa: perto de si mesmo, conectando-se com aquilo que, de fato, importa.
O que podemos pensar é que a banalização dos serviços de promoção de bem estar acabou por naturalizar o risco do desconhecido. Se por um lado isto pode ajudar o sujeito a encontrar de fato algo interessante dentro deste arsenal de ofertas pode também, dentro de uma perspectiva superficial, justificar a inércia constante com a ilusão do movimento. Ou seja, é legitimado o seguinte pensamento: “vou ver qual é, se der certo, ótimo; senão terá sido mais uma experiência...” Quase como lidamos com um entretenimento. Vou ver qual é deste filme, deste restaurante, desta nova modalidade de ginástica e etc.
Não pedirei a vocês, obviamente, um comprometimento antecipado com a prática. Mas é fundamental que se proponham a experimentá-la com diligência, firmeza e abertura para algo que de fato possam conhecer como novo e que poderá ajudá-los em suas vidas.
É claro que alguns balizamentos estão postos e isso faz com que possam confiar nesta proposta. Alguém com uma formação acadêmica clara e com um número que pode ser identificado em sua classe. Mas, penso que isso, embora fundamental, não tenha feito vocês se decidirem pelo ingresso no Curso.
A minha hipótese é a de que a mensagem ali colocada é de algo que vocês reconhecem como tendo consistência teórica e prática e, ao mesmo tempo, é acessível e sensível as dificuldades existenciais.
Acredito que este seja o diferencial e por isso estamos aqui reunidos.
Na próxima aula detalharemos a proposta propriamente dita.

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